Para quem acompanha meu trabalho, pode ser um choque saber que eu não dou apoio à ideia de que aprender pode ser divertido.
Não. Eu sou um pouco mais radical nesse aspecto: para mim, não existe aprendizado sem diversão.
E essa é uma ideia muito simples de se entender.
As coisas que a gente aprende porque é obrigado ficam muito menos tempo gravadas na nossa cabeça que aquelas que a gente sente prazer em aprender.
É por isso que aquele aluno que não consegue decorar as fórmulas de física sabe de cor a escalação da Seleção pra Copa de 94, por exemplo.
Não precisa ser nenhum gênio, nem fazer Pedagogia, pra perceber a solução aqui: é só vestir as coisas que o aluno precisa saber com coisas que ele gosta de saber.
Se eu disser que mitrocôndria é um organismo de origem extracelular que passou a ter uma relação simbiótica com a célula que a cerca, é capaz de você ter esquecido quando chegar ao final da frase.
Mas quando você aprende que o Venom é um organismo de origem extraterrestre que passou a ter uma relação simbiótica com o Peter Parker, você não esquece mais.
Então por que não juntar as duas coisas?
A função de um professor é passar conhecimentos ao aluno, não fazer ele decorar a matéria pra uma prova e depois esquecer, pro resto da vida. Se isso acontece, o professor fez seu trabalho muito mal.
Pode parecer estranho para um adulto ver uma aula ou prova com elementos midiáticos que não fazem parte do "mundo da educação" (argh!), mas é exatamente indo atrás dos interesses dos alunos que o professor, bem, interessa ele na matéria.
Eu cresci assistindo programas como O Mundo de Beakman, Glub Glub, Castelo Rá-tim-bum e X-Tudo, que praticamente me enganaram para que eu aprendesse!
E, quer saber? Deu muito certo.
Não é à toa que eu peguei tanto gosto por aprender que resolvi ensinar.
O título desse post saiu de Castelo Rá-tim-bum! ;)
No comments yet.
Write a comment: